Soneto à outra parte de minh'alma

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De quase tudo me sentia incompleta;
Andava perdida a vagar em meus sonhos.
Com matéria vazia, mas de alma repleta,
E tua miragem modificou meus planos

Por meu coração esperei por mil anos,
E, de tanta demora, duvidei até da eternidade,
Foi quando tu viestes como um anjo,
Que concede a mim toda a liberdade.

De meu passado, pouco sei;
Como se nunca tivesse me encontrado.
Meu futuro jamais planejei,

E não saber parecia o melhor estado.
Em meu presente é que me encontrei;
É tudo mais do que eu havia sonhado.

Soneto do amor meu

Por todos os dias, por cada segundo,
Cada segundo que passo admirando você.
Por todas as vias, és mapa de meu mundo,
E todos os outros segundos à espera de te ver.

Em fatos reais e naqueles inventados;
Vejo-te em todos os espaços e margens,
Por todas as datas, por todos os fatos,
Em ponto fixo ou em outras paragens.

És a realidade dos meus sonhos,
A inspiração desta palavra libertada,
Personagem primeira de meus planos.

És a outra parte inteira de minh’alma,
Metade da noite sonhando; outra acordada.
És tu quem desperta meu sono nas madrugadas.